Intervenção da Terapia Ocupacional na Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção

Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção
(PHDA)

É uma das perturbações do neurodesenvolvimento que surge antes dos 12 anos. É caracterizada como um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade que interfere no funcionamento e no desenvolvimento em pelo menos dois contextos da vida da criança, por exemplo casa e infantário/escola. Manifesta-se em três subtipos distintos: combinada, predominantemente hiperativa/impulsiva ou predominantemente desatenta.

A PHDA não é uma dificuldade ao nível cognitivo, mas sobretudo do comportamento, relacionando-se com o autocontrolo e a inibição do mesmo. Não interfere com a capacidade para aprender, mas sim com a disponibilidade para tal.

Sinais de Alerta

Levanta-se com frequência da cadeira e agita os pés e mãos quando está sentado
Tem dificuldade em esperar pela sua vez e interrompe as atividades dos outros
Tem dificuldade em manter a atenção e seguir instruções
Desorganização excessiva
Dificuldade em concluir tarefas
Fala excessivamente
Frequentemente responde antes da questão ter sido terminada
Comete erros por descuido
Esquece-se com frequência das atividades quotidianas
Frequentemente evita/ não gosta de atividades que exigem esforço mental prolongado, por exemplo realizar as tarefas escolares
Frequentemente perde coisas que são importantes, por exemplo material escolar
Frequentemente parece não ouvir quando alguém esta a falar com ele

Intervenção da Terapia Ocupacional na PHDA:

O principal foco é possibilitar o envolvimento em atividades, minimizando o comprometimento funcional causado pela patologia, com recurso a abordagens farmacológicas e não farmacológicas.

Prescrição de atividades que ajudem o corpo da criança a desfrutar de sensações sensoriais necessárias antes de se terem que focar para aprender.
Quando está perante um projeto com várias etapas, uma criança com PHDA pode ter tendência a “desligar-se”. Os Terapeutas Ocupacionais ajudam a contrariar esta propensão ao ensiná-la a fasear cada atividade/tarefa e ao manter uma automotivação em cada etapa.
As crianças com PHDA beneficiam de regras, objetivos claros e definição de responsabilidades. É por isso que alguns Terapeutas Ocupacionais usam tabelas que discriminem atividades em tarefas e que reforcem o que é esperado em cada uma delas. Isso irá permitir à criança entender perfeitamente o que é esperado delas numa dada atividade.
As crianças com PHDA estão sujeitas a “burnouts” ou sobrecargas sensoriais, especialmente ao lidar com tarefas ou expectativas inapropriadas para si. Os Terapeutas Ocupacionais aprendem a antecipar estas sobrecargas e umas das formas de “responderem” a esse problema é introduzindo “zonas de tranquilidade”, ou sítios específicos onde as crianças podem ir quando se sentem frustradas, sobrecarregadas ou quando sentem que estão prestes a explodir.
Educação Terapêutica junto dos pais e comunidade para fornecer estratégias para ajudar estas crianças a atingirem o seu potencial.

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